O protagonismo de Rondônia em relação às ações de defesa sanitária animal e vegetal, que tem resultado em relevantes avanços no setor produtivo do estado, foi um dos destaques da 8ª Conferência Nacional de Defesa Agropecuária (CNDA), realizada de 4 a 6 de junho em Goiânia-GO.

Além da troca de experiências profissionais, o evento, que reuniu representantes de todas as agências de defesa agropecuária do Brasil, permitiu o alinhamento de estratégias e dos procedimentos de fiscalização e inspeção voltados a defesa agropecuária.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), em parceria com a Secretaria de Agricultura de Goiás (Seapa), com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o evento possibilitou à Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) demonstrar os avanços sanitários e fitossanitários que, aliados ao esforço do produtor rural, resultaram na conquista de importantes selos de qualidade que, com a chancela de entidades nacionais e internacionais, agregaram mais valor às commodities e aos produtos de origem animal produzidos pelos rondonienses.

“Nossa equipe participou de diversos debates e de importantes palestras, como a dos novos desafios da rastreabilidade na agropecuária, um dos assuntos que tem norteado o agronegócio mundial e as exportações. Em todas as oportunidades, pudemos evidenciar o protagonismo de Rondônia, tanto como área livre de Febre Aftosa sem vacinação, como de área livre de outras doenças e de pragas de relevante impacto econômico. Destaque sempre à relevância dos trabalhos realizados pela Idaron que, nos últimos anos, foram impulsionados pelo governo do Estado”, destacou o presidente da Agência Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.

As ações de fomento do Executivo Estadual, aliadas às missões internacionais que têm promovido Rondônia junto a grandes mercados consumidores, inclusive no exterior, foram mencionadas como um dos fatores preponderantes para o crescimento do setor produtivo. “Com as garantias sanitárias que alcançamos, graças ao trabalho da Idaron, participar de missões internacionais para vender nosso agronegócio tem sido muito fácil. Hoje, Rondônia é pioneira em atender as tendências do mercado, um exemplo disso é a vigilância baseada em risco e a informatização do controle de insumos, matérias primas exames e vacinas, fatores importantes para cumprimento das medidas de defesa sanitária que devem ser mantidas pelo Estado”, avalia o governador Marcos Rocha.

DEFESA ANIMAL

O gerente de defesa sanitária animal, Fabiano Alexandre, que integrou a equipe da Idaron na 8ª Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária, avaliou a oportunidade como “salutar”, uma vez que, em conjunto com todas as outras Agências do Brasil, pôde rever e avaliar os processos voltados a melhoria do serviço veterinário oficial, “com foco na segurança da saúde pública, preservação do meio ambiente e economia do país”.

INSPEÇÃO

Clariana Lins Lacerda, gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal, também participou do evento e destacou o trabalho do Serviço de Inspeção Estadual. “Foi possível abordar os vários aspectos que englobam o tema, como, por exemplo, a Inspeção com base em risco e o impacto da legislação do auto controle na defesa agropecuária”, acentuou Clariana Lins.

TRÂNSITO

Já o coordenador de Trânsito Vegetal da Idaron, Leonardo Ferro, deu ênfase às oficinas e palestras, com destaque a que tratou sobre o ‘controle da mosca da carambola na região de Roraima’. “Agora, relacionado ao trânsito, uma das mais importantes foi com relação ao transporte de maquinário, uma vez que, no estado do Mato Grosso, foi identificada uma praga, o ‘Amaranthus Palmeri’, que ainda não foi encontrada em Rondônia, então é preciso haver o controle de trânsito rigoroso ao maquinário que vem Mato Grosso para Rondônia”, destacou.

DEFESA VEGETAL

Jessé de Oliveira, gerente de Inspeção e Defesa Vegetal da Idaron, priorizou os debates voltados a fitossanidade, integrando grupos de debates que, dentre outros assuntos, deram ênfase às culturas que dominam a produção agrícola do estado, como a soja, o café, cacau e o milho. “Em conjunto com representantes federais, debatemos temas que impactam tanto a produção quando o comércio das principais mercadorias produzidas por Rondônia, principalmente o projeto de implementação da conformidade do processo produtivo através da fiscalização e controle do uso de insumos agropecuários”, comentou Jessé.

AGROTÓXICO

A participação da Coordenadoria de Agrotóxicos na 8ª CNDA contou com apresentação do Siafro, uma ferramenta desenvolvida pela Idaron para gestão da cadeia do comércio e uso de produtos agroquímicos no estado. “Também participamos de reunião com o Instituto Nacional De Processamento De Embalagens Vazias (InpEV) e de reunião sobre a regulamentação da nova legislação de agrotóxicos federal”, acentuou Sirley Ávila Queiroz, coordenador do Programa de Agrotóxicos.

SEMENTES E MUDAS

A Fiscalização de sementes e mudas também foi um dos destaques da 8ª CNDA. Renê Parmejiani, coordenador do Programa de Fiscalização de Sementes e do Programa de Fiscalização de Mudas, aproveitou a oportunidade para participar do Encontro Nacional sobre Sementes e Mudas (ENASEM). “Oportunidade em que também realizamos a primeira reunião da rede de fiscalização de sementes, que propõe a união das agências estaduais em torno do tema, uma proposta de iniciativa da Idaron”, salientou Renê.

EDUCAÇÃO SANITÁRIA

A coordenadora do Programa de Educação Sanitária, Rachel Barbosa, também elogiou a iniciativa, acrescentando que, tanto nas apresentações e palestras quanto em reuniões com profissionais de outros estados, pôde avaliar muitas das ações que são desenvolvidas junto a comunidade rural e estudantes. “Em vários aspectos, Rondônia se destaca, tanto no trabalho de conscientização à população quanto no serviço de orientação ao produtor, com estratégias e alcance que surpreendem e chama a atenção de outras Agências. Em resumo, a CNDA é uma oportunidade de renovar o ‘gás’ da equipe e levar experiências de sucesso, além de permitir interações e troca de conhecimento para que sejam exploradas novas possibilidades”, enfatizou Rachel Barbosa.